Resenha: Perdão, Leonard Peacock, Matthew Quick
10:51
“As pessoas deviam ser legais com você, Leonard. Você é um ser humano.
Você deve esperar que as pessoas sejam legais.”
Leonard é um adolescente diferente. Ele é um garoto isolado, invisível
para os outros, e tem passatempos bem peculiares, como por exemplo, ficar
observando a vida dos adultos no metrô. Ele tem uma forma muito singular de
enxergar o mundo (e isso é bom).
Ele está determinado a matar o seu ex- melhor amigo com um tiro no dia
de seu próprio aniversário de dezoito anos, e em seguida se matar do mesmo
jeito. Esse não é o seu único plano, antes disso ele pretende entregar um
presente para quatro pessoas diferentes. Essas são pessoas que Leonard gosta
muito para que possam se lembrar dele, e dessa forma ele quer mostrar a elas
que a culpa pelo o que ele está fazendo não é delas, e é também um modo de
pedir desculpas por ele não ter sido mais do que ele realmente foi.
“A chave é fazer algo que marque você para sempre na memória das pessoas
comuns. Algo que importe.”
As pessoas que Leonard seleciona
para receber esses presentes são: seu vizinho e grande amigo Walt, um velho
fumante e viciado em filmes; Herr, seu professor que dá aulas sobre o
Holocausto, um adulto completamente diferente de todos; um garoto de sua escola
que é descendente de iranianos e é um ótimo violonista; e Lauren, uma garota
cristã por qual Leonard alimenta certa admiração.
A princípio não é contado o porquê de Leonard querer fazer tudo isso, e
o que seu ex- melhor amigo o causou, isso é descoberto aos poucos com o
desenrolar da história, e isso faz com que a curiosidade do leitor seja
instigada.
Leonard teve uma vida familiar bem conturbada. O pai é um ex- astro do rock
viciado que fugiu do país e a mãe é uma mulher egoísta e intragável. O próprio
Leonard é uma pessoa meio difícil no início, pois só vemos sua pior face, mas
quando observando ele entregando seus pertences para as pessoas que gosta, e o
relacionamento que ele tem com elas, a maneira como vemos o protagonista muda.
Os personagens desse livro são completamente únicos. O meu preferido de
todos é o professor de Leonard, Herr. Ele sozinho já fez o livro valer a pena.
É importante avisar duas coisas: a primeira é que o livro tem uns tipos
de cartas no meio, e isso pode ser bem confuso no início, mas depois tudo faz
sentido e se encaixa. A segunda é que o livro possuí MUITAS notas de rodapé, principalmente no início da história, como mostra a imagem a baixo:
Essas características não atrapalharam nenhum pouco a minha leitura,
achei algo diferente e até inovador. Acredito que tudo o que o livro traz passa
por cima de tudo isso.
O livro realmente nos faz pensar na vida, e traz mensagens muito fortes.
Como ele trata de um assunto sério como o suicídio e depressão, ele acaba sendo
um livro denso, mas ao mesmo tempo, a autor soube usar muito bem tudo isso ao
seu favor, tornando o livro muito envolvente. Ele trata de algo muito mais
recorrente do que imaginamos: um jovem que é ignorado tanto pela família quanto
por seus colegar de classe – uma pessoa sem amor.
O final do livro é muito emocionante, reli as ultimas páginas várias
vezes para minha ficha do quanto aquilo tinha me tocado cair.
“Faça alguma coisa! Qualquer coisa! Porque você inicia uma revolução,
uma decisão de cada vez, toda vez que você respira.”
2 comentários
Geeente, que livro é esse ??? Só com a resenha já pude sentir como ele é!! E lá vem mais um pra minha lista hahaha.
ResponderExcluirhttp://sushibaiano.blogspot.com.br/2016/01/tag-pokemon-book.html
hahaha, espero que goste do livro!!
ResponderExcluirOlá! Por favor deixe um comentário que iremos adorar conversar.