Resenha: Eu, você e a garota que vai morrer, Jesse Andrews

12:51

        


        O livro conta a história de Greg, um adolescente de 17 anos que durante todo o ensino médio tomou cuidado para que todos os grupinhos da escola gostassem dele, mas que ao mesmo tempo, ele não fizesse parte de nenhum deles.
         Ele faz filmes caseiros, em segredo, com Earl, que é o que ele tem mais próximo de um amigo.
         Earl é um garoto baixo que vive irritado com tudo e que tem uma vida bem problemática.
         Assim Greg leva a vida, até que uma garota de sua escola, Rachel, desenvolve leucemia, e a mãe dele pede que ele passe a visitar a garota para animá-la, uma vez que eles costumavam a conversar quando mais novos (sendo que isso foi só para que Greg tentasse chamar a atenção da melhor amiga dela).
         E então, com a doença da menina avançando, os dois amigos resolvem fazer um filme em homenagem a Rachel.
         Essa é basicamente a sinopse do livro, e honestamente, o livro é só isso com MUITA de enrolação no meio da história.
         Dois terços do livro é o protagonista explicando as coisas do seu passado e várias delas não tinham necessidade nenhuma para a história.
         Na sinopse fala sobre o filme que eles fazem para Rachel, e eu fiquei esperando por isso, mas eles só tocam no assunto do filme depois de eu já ter lido 72% do livro. Eu até pensei: “então isso não seria um spoiler?”, então cheguei a conclusão que não, porque NADA acontece antes disso. E quando tal evento começa a ser desenvolvido, pouquíssimas páginas são dedicadas a ele.
         Sobre o “humor” do livro: disseram pra mim que o livro apresentava humor negro e por isso algumas pessoas se sentiam ofendidas e acabavam não gostando do livro. O humor não me ofendeu, porque na verdade, aquilo não era humor, não tinha a mínima graça, era só um garoto falando coisas totalmente idiotas.
         O suposto humor é demasiado forçado e acabou sendo MUITO infantil para um garoto de 17 anos. Garotos dessa idade não falam daquele jeito que aparentemente deveria ser engraçado (lembrando que eu namoro um menino de 17 anos, então sei que não é bem assim que a banda toca).
         Não entendi nenhum pouco a “amizade” entre Greg e Earl. Por mais que o amor por fazer filme seja algo em comum, isso não justifica e a semelhança entre os dois acaba por ai. E do jeito que a mãe do Greg é certinha, eu não entendo como ele deixa o filho andar com um menino que fuma, que vive com a mãe bêbada, e que vive puto da vida.
         Greg não é nenhum pouco melhor que Earl. Ele é um babaca, a menina está lá morrendo e ele nem liga pra ela. Ele vai visitá-la porque ele sente que é obrigado. Quando ele deveria falar algo legal sobre ela, ele nem sabe o que dizer porque mesmo visitando-a quase todos os dias, ele nem se deu ao trabalho de conhecê-la direito. Até Earl fez isso melhor.
         Também há um fato de que a TODO momento o autor ficava te lembrando do quanto aquele livro não era clichê porque o Greg não se apaixonava pela Rachel como acontecia nos livros de adolescentes (principalmente de adolescentes que estão morrendo), e porque aquele livro não era profundo e com frases de efeito por parte da menina doente, etc. Convenhamos, quando algo ou alguém precisa ficar se provando toda hora, não é um bom sinal, além de forçar DEMAIS  a barra.
         O que me “motivou” a continuar lendo o livro foi a curiosidade do que ia acontecer no fim. Quando percebi que o livro não ia me levar a nada, já era tarde demais.
         E esses são os motivos pelos quais eu dei uma estrela para esse livro.


         -Adriane

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